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Roedores – pragas urbanas

Residências que possuem cães são atrativas para roedores, pois o cidadão brasileiro não é como o europeu ou americano que remove o restante da ração após ter alimentado seu animal, ficando a mesma a mercê dos ratos.

 

Ratos, ratazanas e camundongos adaptaram-se muito bem à maneira de viver do homem, tornando- se uma praga de grande relevância. Um casal de ratos na idade de seis à sete meses, já produziu uma média de quarenta novos indivíduos, levando-se em consideração fatores limitantes como alimento disponível e doenças. A visão do rato é ruim além de ser daltônico, mas em compensação possui os outros sentidos muito desenvolvidos.

As perdas econômicas causadas pelos roedores é de grande relevância nas lavouras, na armazenagem de grãos onde a sua ação é devastadora, nas indústrias de transformação de alimento, em locais de confinamento de animais etc. Além de causarem danos, transmitem doenças aos animais e ao homem.

 

  • São responsáveis pela perda de 30% da produção nacional de grãos e 4% da produção mundial.
  • A cada 3 dias há registro em hospitais e postos médicos de 1 pessoa com lesões por roedura de ratos.
  • O Brasil possui o maior número de espécies e subespécies de roedores na fauna silvestre.
  • A Suíça mantém 0,5 rato per capita, os EUA 2, enquanto no Brasil, nos grandes centros urbanos, existem 15 ratos/habitante, sendo a média nacional de 8.
  • O rato tem existência paralela à civilização de um povo, na Suíça a média de vida de um rato é de 6 meses, já no Brasil ele vive até 2 anos.
  • Se acasalarmos 1 casal de ratos em janeiro, em dezembro teremos 180 mil descendentes e no período de 10 anos serão 48 trilhões.
  • 30% dos incêndios em instalações industriais e comerciais de causas não definidas, são atribuídas à roedores.
  • Na Idade Média, através da transmissão da Peste Negra (peste bubônica e pneumônica), os ratos aniquilaram 25 a 50% da população européia, dependendo do país atingido.
  • Atualmente os ratos e suas pulgas espalham diversos tipos de doenças como : tifo, febre da mordida, leptospirose, hantavírus, triquinose, salmonelose e outras.
  • O hantavírus (vírus letal transmitido pelos ratos) pode ser propagado, simplesmente pelo caminhar do indivíduo sobre superfície de poeira, através da inalação desta. A febre hemorrágica é o pior tipo da doença causada pelo vírus, provoca hemorragia pelos poros, olhos e liquefaz os órgãos internos com altíssimo grau de mortalidade.
  • Os ratos conseguem sobreviver e dar continuidade à espécie em qualquer ambiente, devido a sua extraordinária adaptabilidade, ex.: um rato da Sibéria, que possui pelagem de 11 cm, quando trazido para o Brasil, em 6 meses já produz descendentes com 1 cm de pelagem.
  • Os ratos têm neofobia, fobia pelo novo. Quando entram em contato com objetos ou alimentos recém introduzidos em sua área, enviam os doentes e os idosos do seu grupo para testar o novo produto, depois de algum tempo, se não houver perigo, consomem o produto, por isso nenhum raticida pode ter efeito fulminante, pois seriam facilmente identificados e não consumidos. Ex.: é proibido a utilização de “chumbinho”.
  • As colônias competem entre si e quando não há oferta de alimento suficiente, comem seus próprios filhotes.
  • Residências que possuem cães são atrativas para roedores, pois o cidadão brasileiro não é como o europeu ou americano que remove o restante da ração após ter alimentado seu animal, ficando a mesma a mercê dos ratos.
  • O crescimento ininterrupto dos seus dentes incisivos faz com que roam tudo que encontrar, para exercitar sua arcada dentária, atacando: chumbo, diversos metais, alumínio, cobre, madeira, plástico, fios eletrificados, etc.
  • Efeito Bumerangue ou Inversão de Efeito é quando não se obtém a diminuição de ratos em uma área, após um trabalho de desratização e sim inverte-se o efeito desejado aumentando a população existente, ex.: uma colônia que tenha 10 ratos adultos, o aparecimento do 11º rato inicia o canibalismo, os recém nascidos são abandonados pelas mães e comidos pelos adultos, as fêmeas diminuem sua freqüência de cio e parem ninhadas reduzidas (as quais são canibalizadas), somente se ocorrer a morte de 1 dos 10 ratos dessa colônia é que a vaga é preenchida por algum filhote, dessa forma a colônia auto regula-se.

Caso o homem intervenha nesse equilíbrio e consiga eliminar 4 indivíduos dessa colônia, as fêmeas gerarão 20 pequenos ratos, que vão se alimentar da porção de comida dos 4 adultos eliminados, haverá competição direta entre esses 20 filhotes que vão disputar a vaga em aberto na colônia, recompondo o número original, onde os 4 mais fortes tentam eliminar os 16 outros jovens mais fracos, porém esses 16 já não são tão desprotegidos, nem tão inábeis e assim salvam suas vidas fugindo do território e vão habitar as áreas contíguas, estabelecendo novas colônias, dessa forma ao invés da colônia anterior de 10 indivíduos, depara-se com 26 ratos.

 

Os roedores estão classificados como:

REINO: Animal

RAMO: Chordata (VERTEBRADOS)

CLASSE: Mammalia (MAMÍFEROS)

ORDEM: Rodentia (ROEDORES)

SUB ORDEM: Myomorpha

FAMÍLIA: Muridae

ESPÉCIES: Rattus norvegicus, Rattus rattus, Mus musculus

 

Ratazanas, rato de esgoto, gabirú, rato pardo (Rattus norvegicus)

O gênero Rattus abrange 56 espécies sendo que somente algumas poucas causam problemas ao homem. Estes roedores são tipicamente generalistas, exibindo ampla preferência por habitats e alimentos. São as espécies em maior número dentre os mamíferos presentes em várias regiões do planeta.

O adulto possui corpo robusto com 18 a 25 cm de comprimento podendo pesar de 250 a 600 gramas. Com pêlos ásperos, orelhas pequenas e arredondadas, olhos de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas possuem calos lisos e membranas interdigitais. A cauda é grossa e peluda medindo 15 a 21 cm. São de hábito noturno e transitam com extrema cautela sendo difícil visualizar suas atividades. Possuem um raio de ação de 30-45m em relação ao abrigo.

Possui uma vida média de 02 anos sendo sexualmente maduro entre 60-90 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 22 a 24 dias com 08 a 12 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 08 a 12 filhotes com uma média de sobrevivência de 20 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Vivem em colônias que agregam até algumas centenas de indivíduos em territórios definidos, e com a presença de dois grupos distintos, os dominantes e os dominados. Em caso de competição com outras espécies (Rattus rattus) a espécie Rattus norvegicus geralmente predomina pelo maior porte e agressividade. Devido a falta de alimento pode ocorrer competição entre colônias.

Seus ninhos geralmente se localizam em tocas ou galerias escavadas no subsolo, onde encontramos pêlos, fezes, restos de alimentos e outros detritos. Fazem suas trilhas ao ar livre formando sulcos no solo e desgastando a vegetação rasteira, buscando água e alimento. A planta dos pés é estreita e sem estrias. Encontramos mancha única de atrito corporal junto ao solo, paredes e muros. As fezes são em forma de cápsulas com extremidades rombudas. Pode-se encontrar sinais de roedura em alumínio, chumbo, argamassa, madeiras próximas ao solo.

São animais onívoros e consomem diariamente 20 a 30g/dia de alimento, que pode ser lixo orgânico, cereais, raízes e carne. Consome de 15 a 30 ml de água/dia.

São excelentes escavadores construindo galerias no subsolo com várias saídas. Devido ao hábito noturno deve-se remover diariamente o lixo e indisponibilizá-lo no período da noite evitando suas visitas ao local. Esta espécie é frequentemente encontrada em beira de córregos e rios, terrenos abandonados, jardins sem manutenção adequada, rede de esgoto e galerias fluviais, depósitos de lixo e entulhos diversos, próximo as linhas férreas.

 

Rato de telhado, rato preto, rato de paiol, rato de forro, rato de navio (Rattus rattus)

O adulto possui corpo esguio com 16 a 21 cm de comprimento podendo pesar de 80 a 300 gramas. Com pelagem delicada e dorso preto ou cinza, orelhas e olhos grandes e salientes em relação a cabeça. As patas possuem calos estriados e sem membranas interdigitais. A cauda é fina em chicote com poucos pêlos medindo 19 a 25 cm. São de hábito noturno e escalam com extrema facilidade. Possuem um raio de ação de 30-60m em relação ao abrigo.

Possui uma vida média de 18 meses sendo sexualmente maduro entre 60-75 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 20 a 22 dias com 04 a 08 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 07 a 12 filhotes com uma média de sobrevivência de 20 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Os ninhos são geralmente acima do solo nos sótãos, forros das casas, arbustos, sacarias, frestas de muros, armazéns, porões de navios e nas áreas portuárias. Junto aos muros e madeiramento do telhado encontramos, muitas vezes, fezes e manchas de gordura causadas pelo atrito do corpo nestes locais. Em locais elevados, junto a vigas, canos e colunas encontramos mancha dupla nos locais de manobra para contornar obstáculos. As fezes são afiladas.

De hábito onívoro consome diariamente de 15 a 30g de alimento/dia, concentrando sua dieta em legumes, frutas, cereais, raízes e pequenos insetos. Consomem de 15 a 30 ml de água/dia.

 

Camundongo, catita, ratinho caseiro (Mus musculus)

O adulto possui corpo delgado com 8 a 9 cm de comprimento podendo pesar de 10 a 21 gramas. Com pelagem delicada e sedosa, orelhas grandes e salientes em relação a cabeça afilada, olhos pretos e salientes de tamanho pequeno em relação ao resto da cabeça. As patas são escuras e sem membranas interdigitais. A cauda é fina e sem pêlos medindo 8 a 10 cm. São de hábito noturno e escondem-se com extrema facilidade em locais estreitos e de difícil acesso. Possuem um raio de ação de 03 a 09 m em relação ao abrigo.

Possui uma vida média de 12 meses sendo sexualmente maduro entre 42-45 dias de idade. A gestação da fêmea dura de 19 a 21 dias com 05 a 06 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 4 a 8 filhotes com uma média de sobrevivência de 30 filhotes após o desmame por fêmea/ano. Os ninhos são geralmente terrestres e acima do solo, geralmente no interior de residências. Realizam seus ninhos em guarda-roupas, frestas de rodapés, prateleiras de livros e móveis em geral onde notamos a presença de pelos, restos de alimentos, fiapos de pano, papel e outros detritos. Escalam com facilidade abrigando-se em despensas, armários, espaços internos nas paredes e depósitos. Se alimentam de cereais, farelos, pão e queijos (3 g/dia) e possuem pouca exigência quanto ao consumo de água. As fezes são em forma de bastonete. As roeduras são delicadas, geralmente grãos parcialmente roídos e abandonados.

 

Medidas Preventivas:

Antirratização

Acondicionamento correto do lixo; dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor recolher; nunca jogar lixo a céu aberto; acondicionamento correto de alimentos; inspeção periódica de locais que possam servir de abrigo e material que adentre ao ambiente; vedar frestas ou vãos; colocar telas, grelhas, ralos do tipo abre-fecha, sacos de areia; evitar acúmulo de materiais inservíveis; manter terrenos baldios limpos e murados; manter limpas as instalações de animais domésticos; educação da comunidade envolvida.

Desratização

O uso de venenos deve ser feito por pessoas capacitadas na manipulação dos mesmos e que conheça as técnicas de aplicação, uma vez que o uso descontrolado pode contribuir para o aumento da população em vez de controlá-los.

 

Fontes: Prefeitura de São Paulo (www2.prefeitura.sp.gov.br); Prefeitura de Maringá (www.maringa.pr.gov.br); Pragas On Line (www.pragas.com.br); Astral Saúde Ambiental (www.astral.ind.br)

 

Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/urbano/pragas_urbanas/roedores_-_pragas_urbanas.html

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