CUPINS

Os cupins, também chamados de térmitas, formigas brancas, siriris ou aleluias são insetos de metamorfose incompleta reunidos na ordem Isoptera. Há cerca de 2.750 espécies no mundo, distribuídas principalmente em regiões tropicais e subtropicais, com algumas espécies em lugares de clima temperado e outras em regiões desérticas. Mas, apenas pouco mais de 70 ou 80 espécies foram assinaladas como pragas. São chamados de insetos  eussociais por apresentarem as seguintes características: cuidado cooperativo com a prole, casta reprodutiva (alados, rei e rainha) e castas estéreis (operários e soldados) e sobreposição de gerações (pais e filhos convivem numa mesma colônia). Dentre as espécies que mais infestam nossa região, destacamos:

TIPOS DE CUPINS

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Nome popular: cupim de madeira seca.


Descrição:
soldados com 4-5mm de comprimento, com cabeça fragmótica de coloração marrom escura a preta, mandíbulas esmagadoras, curtas e robustas. Pseudo-operários de coloração branca, creme ou amarelada. Alados pigmentados com asas transparentes e iridescentes (que refletem as cores do arco-íris).


Biologia:
as colônias são pequenas (chegando a pouco mais de 1.000 indivíduos) e inseridas diretamente na fonte alimentar (madeira seca). São de desenvolvimento lento, podendo demorar 5 anos para tornar-se maduras (revoada). Vivem por mais de 10 anos. Os soldados pouco numerosos usam a cabeça para tapar a entrada da colônia. Revoadas em interiores (presença de grande quantidade de asas e siriris mortos) e pelotas fecais escuras (pó de cupim) devido à oxidação, denotam infestações antigas.

Importância: este gênero tem distribuição  mundial e é a mais importante praga entre os ditos cupins de madeira seca. Algumas espécies conseguem sobreviver em climas frios, pois vivem nas habitações com aquecimento. Ocorre nos centros urbanizados, sendo depois do Coptotermes gestroi a segunda maior praga entre os cupins das áreas urbanas. Estes insetos infestam madeira seca de todas as densidades e materiais celulósicos em geral, causando danos expressivos, mas não atacam partes vivas das árvores. 

Nome popular: cupim de grama.

Descrição: cupins de tamanho avantajado. Soldados grandes, monofórmicos, com mandíbulas robustas e longas, do tipo ceifadoras. Cabeça grande e sub-retangular, de coloração vermelha ou laranja avermelhada e brilhante, com fontanela visível. Antenas longas e corpo alaranjado escurecido. Operários trimórficos, ou seja, são de tamanhos distintos podendo ser menores, médios e maiores, com cabeça de coloração variando entre o amarelado e o alaranjado. Alados bem pigmentados e de tamanho chegando aos 4-4,5cm de comprimento (ponta da antena à ponta da asa).


Biologia:
possuem hábitos noturnos ou crepusculares. Os soldados acompanham os operários nos cortes de folhas, formando caminhos em forma de colunas de proteção. Operários menores e médios limpam e carregam partículas de solo enquanto os maiores cortam e carregam folhas para o ninho. Ninhos geralmente subterrâneos, profundos e difusos. Em algumas espécies podem ser identificados montes de terra achatados e largos, semelhantes em menor escala aos cupins de montículo, sem uma câmara celulósica definida.


Importância:
são muito confundidos com saúvas devido aos danos. Infestam gramíneas (folhas e raízes). Os Syntermes infestam várias espécies utilizadas em gramados, campos de futebol e golf, em residências e praças, notando-se o amarelamento e seca em reboleiras do gramado e dificuldade de rebrota. Estes cupins podem ser vistos à noite e ao amanhecer forrageando (procurando alimento) e cortando as pontas da grama à semelhança das formigas cortadeiras.

Coptotermes gestroi

Nome popular: cupim subterrâneo ou cupim de solo.


Descrição:
soldados com 5mm de comprimento, cabeça ovalada de cor amarelada com fontanela grande e arredondada. Corpo claro, quase branco, aparelhado com defesas mecânica (mandíbulas desenvolvidas) e química (produção de substância pegajosa de cor leitosa). Operários cegos e de coloração esbranquiçada. Rainha fisogástrica (abdome muito desenvolvido e dilatado) com aproximadamente 2cm de comprimento e rei com aproximadamente 6mm.


Biologia:
espécie exótica, de hábito normalmente subterrâneo, introduzida no Brasil na década de 20. Podem forragear mais de 100 metros de distância do ninho principal. Possuem colônias com milhões de indivíduos; realizam caminhamentos típicos em forma de túnel. Madeiras ou locais infestados ficam recobertos com pequenas placas fecais (manchas) de coloração clara. Soldados e operários podem viver em condições laboratoriais por 3 anos. A rainha é longeva (dura muito) e pode colocar milhões de ovos durante toda a sua existência. Realizam revoadas nos meses mais quentes e úmidos do ano, normalmente ao entardecer, logo após a ocorrência de chuvas.


Importância:
danificam materiais que contenham celulose (papel, papelão, forros e acabamentos de gesso, livros, etc.), madeiras de todas as densidades (telhados, armários embutidos, batentes e guarnições, rodapés, etc.), arbustos, árvores e palmeiras vivas ou mortas. Causam danos diretos e indiretos a edificações, penetrando por frestas já existentes em estruturas (paredes, colunas, etc.), conduítes elétricos (causando curto-circuitos) e telefônicos, em blocos e tijolos, em caixões perdidos, prumadas de água, vãos estruturais e poços de elevadores, para chegarem à fonte alimentar.

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