Dedetização

Mosquito da dengue tem evolução rápida e pode sobreviver a todas as estações do ano

Pesquisa do Instituto Butantan revela grande capacidade de adaptação da espécie.

Uma pesquisa do Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e um dos maiores centros de pesquisa biomédicas do mundo, constatou que o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, possui patrimônio genético muito grande e variável mesmo no inverno, época de baixa incidência do inseto.

O estudo foi desenvolvido no bairro do Butantã e arredores, em São Paulo, durante 14 meses – de abril de 2011 a maio de 2012 –, e acompanhou a evolução do mosquito da dengue durante cinco estações climáticas, com o objetivo de compreender a evolução do animal e, possivelmente, auxiliar nos mecanismos de controle.

Por meio de armadilhas, foram coletados os ovos, pupas e larvas do animal em seis áreas distintas. O estudo utilizou o total de 150 fêmeas para o seu desenvolvimento e avaliou as variações genética e morfológica do mosquito, além de ter levado em consideração as questões demográficas de dispersão e evolutivas destes insetos em áreas urbanas.

O resultado mostrou modificações maiores do que o normalmente esperado em uma espécie exótica em tão curto prazo, e demonstrou que o mosquito sofre também alterações de tamanho e formato da asa, segundo cada estação do ano, o que indica a sua rápida variação evolutiva.

“Percebemos que o patrimônio genético do mosquito é bem rico e dinâmico, ou seja, a espécie tem grande potencial para sofrer alterações. Isso sugere que eles são muito versáteis em explorar novos ambientes e, possivelmente, contornar as nossas tentativas de eliminá-los”, destaca Lincoln Suesdek, pesquisador do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e coordenador da pesquisa.

“Esta descoberta aponta que o cuidado com o mosquito, principalmente em São Paulo, deve ser redobrado em todas as épocas do ano. Isso reafirma a importância do envolvimento da população urbana para evitar a proliferação do mosquito”, explica Suesdek.

Os próximos passos da equipe visam ampliar a pesquisa para outros cinco municípios de São Paulo: São José do Rio Preto, Catanduva, São Carlos, Campinas e Santos. O artigo “Microevolution of Aedes aegypti” foi publicado recentemente na revista científica PLoS One, em coautoria com as pesquisadoras Caroline Louise e Paloma Vidal, também do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan e alunas da Universidade de São Paulo.

Fonte: http://www.cluberegional.com.br/noticia/detalhes/4088/Mosquito+da+dengue+tem+evolu%C3%A7%C3%A3o+r%C3%A1pida+e+pode+sobreviver+a+todas+as+esta%C3%A7%C3%B5es+do+ano

Luiz de Junior

Recent Posts

8 Medidas para controle de pombos

Os problemas com pombos se tornam cada vez mais constantes. As fezes ácidas dos pombos,…

4 anos ago

Espantar os pombos facilmente saiba como com a Real

Desvia para lá, desvia para cá e olha para cima. Essa é a rotina de…

5 anos ago

Dedetização também serve para os escorpiões

Períodos chuvosos e de muito calor como o verão, são um ótimo cenário para o…

5 anos ago

Também preciso dedetizar meu apartamento, mesmo com a dedetização do condomínio?

Em um condomínio com uma boa administração, a dedetização dos ambientes compartilhados é realizada periodicamente.…

5 anos ago

Posso fazer a dedetização do condomínio junto a limpeza de caixa d’água?

Todo e qualquer condomínio residencial pede uma dedetização regular para o controle de pragas. Por…

6 anos ago

Dedetização ou detetização, qual é o certo?

Você já fez dedetização alguma vez? Ou seria detetização? Bem, essas são dúvidas que a…

6 anos ago