Notícias

Experimento com moscas revela nova abordagem para Parkinson

Cientistas reduziram sintomas de moscas ao inibir duas enzimas.
Pesquisa avaliou papel de metabólitos nas doenças degenerativas.

Cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido, estão estudando um novo caminho para reverter os sintomas de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Um experimento que usou moscas-das-frutas como cobaias avaliou que é possível diminuir a perda de células nervosas com esse novo método que envolve abordagem genética e medicamentosa.

O estudo, publicado na revista especializada “Proceedings of the National Academy of Sciences”, teve o objetivo de investigar o papel de alguns tipos de metabólitos – que são pequenas moléculas que o organismo elabora ou usa ao decompor alimentos, medicamentos ou outras substâncias químicas – na perda de células nervosas em doenças como Parkinson, Alzheimer e Huntington.

Estudos anteriores já tinham mostrado que esses metabólitos eram tóxicos às células nervosas e apareciam com maior intensidade em pacientes com essas doenças. Além disso, um estudo anterior mostrou que era possível diminuir o nível desses metabólitos ao inibir duas enzimas por meio de manipulações genéticas.

Redução dos sintomas
O experimento atual avaliou que a inibição dessas duas enzimas foi capaz de diminuir os “sintomas” das moscas. Foi possível observar nos insetos que a aplicação do método permitiu reduzir a perda de neurônios em moscas que serviam de modelo para a doença de Huntington, aumentar o tempo de vida das moscas que serviam de modelo para Parkinson e Alzheimer e reverter as falhas de movimento relacionadas a essas doenças.

“Nossa pesquisa está focada em entender melhor os mecanismos que contribuem para o início e progressão dos sintomas das doenças neurodegenerativas. Essas são doenças em que uma população especifica de células nervosas morrem, trazendo problemas severos de movimentação e de deficiência cognitiva em pacientes”, explicou o professor Flaviano Giorgini, do Departamento de Genética de Leicester.

Os pesquisadores também testaram medicamentos para bloquear a atividade das enzimas e descobriram que eles também aliviavam os sintomas das doenças.

“Há um grande interesse em desenvolver drogas capazes de ‘desligar’ essas enzimas, então nossa esperança é que nosso trabalho possa levar a remédios que possam tratar essas doenças devastadoras no futuro. O maior fator de risco para essas doenças é envelhecer, e como nossa sociedade está vivendo mais, estamos vivendo um aumento dramático do número de pessoas que sofrem com esses problemas”, disse o médico Carlo Breda, que conduziu o estudo.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/04/experimento-com-moscas-revela-nova-abordagem-para-parkinson.html

Luiz de Junior

Recent Posts

8 Medidas para controle de pombos

Os problemas com pombos se tornam cada vez mais constantes. As fezes ácidas dos pombos,…

4 anos ago

Espantar os pombos facilmente saiba como com a Real

Desvia para lá, desvia para cá e olha para cima. Essa é a rotina de…

5 anos ago

Dedetização também serve para os escorpiões

Períodos chuvosos e de muito calor como o verão, são um ótimo cenário para o…

5 anos ago

Também preciso dedetizar meu apartamento, mesmo com a dedetização do condomínio?

Em um condomínio com uma boa administração, a dedetização dos ambientes compartilhados é realizada periodicamente.…

5 anos ago

Posso fazer a dedetização do condomínio junto a limpeza de caixa d’água?

Todo e qualquer condomínio residencial pede uma dedetização regular para o controle de pragas. Por…

6 anos ago

Dedetização ou detetização, qual é o certo?

Você já fez dedetização alguma vez? Ou seria detetização? Bem, essas são dúvidas que a…

6 anos ago